Esta não será uma tentativa de tornar este blog uma narrativa absoluta da minha incursão ainda curta na Guatemala. Mas é uma resposta às alminhas que frequentam o tasco, clamam por fotos e perguntam bastantes vezes como é a coisa por aqui...
Por onde começar....hum...
Talvez comece por dizer que estou na Zona 1 da cidade, a zona mais antiga, onde está a catedral metropolitana, bastantes museus e o Congresso.
É uma zona por si mesma cinzenta, com bastantes edifícios em mau estado e passeios pouco coloridos.
Há excepções, claro. E o famoso arco dos correios é um exemplo claro disso. Não quero com isto dizer que é um sítio sujo. Nada disso. As ruas estão relativamente limpas e tens sempre o contraste com as pessoas que passam, muitas delas ainda usando as cores maias nas suas roupas. É uma visão interessante.
Na zona 1 há vendedores por todo o lado a vender CD's piratas, malas, roupa, comida. Na 6ª avenida é quase impossível caminhar nos passeios com a quantidade de vendedores que lá têm o seu "estabelecimento". É como se entrasses num túnel.
Por detrás da catedral há o mercado central, que tem um primeiro piso dedicado à venda da infinidade de fruta que há na Guatemala, e outro piso onde podes encontrar as cores maias vendidas nos mais variados formatos. Dei por mim a tentar comprar plátanos e a venderem-me bananos. O espanhol aqui tem as suas variações :).
Os autocarros aqui são algo muito característico e é frequente ler na parte de cima coisas como "dios me guia" e outras mensagens. Isso e labaredas de fogo pintadas nas laterais. Pensem nos bus school americanos amarelos. Agora pintem isso de vermelho, ponham a parafernália toda e têm um autocarro daqui. É dificil respirar quando passam porque é muita fumarada. Ainda não consegui uma foto a preceito, mas prometo esforçar-me. Entretanto vai esta, tirada a partir do interior de um táxi, no meio de mais um dilúvio, para que tenham uma noção.
Por aqui a questão da mobilidade importa. Primeiro porque não me aconselham a andar nestes autocarros (há muitos grupos que se dedicam a atacar autocarros e a matar os condutores e quem apanharem pelo meio) e depois porque a cidade é grande. Pelo que para fora da zona 1 tenho que ir de táxi (hei-de fazer um post dedicado apenas ao táxi do sr.rolando).
No outro dia fui até à zona 10, à universidade e a uma livraria
que me recomendaram. Deixo-vos imagens das ruas das duas zonas para que possam ver o contraste. Parecia outra cidade. Foi a primeira vez que vi os táxis amarelos (os que têm taximetro), uma vez que por aqui só vejo passar os brancos (sem táximetro). Notas bem a diferença se olhares apenas para os passeios ou para os carros que passam. Eu não me importava de ver verde da minha janela, mas a imagem que têm à vossa esquerda é aquela que eu vejo da janela do meu quarto. :)
Nesta incursão ao que chamam a zona viva da cidade (acho que se percebe pq) comprei oito livros e gastei 37€. Foi um dia bom :). Para além da livraria da universidade passei também na livraria Sophos, que fica num centro comercial ali na zona 10 e digo-vos que não me importava nada de levar esta livraria comigo para Portugal...
Creio que por agora me fico por aqui. Aproveito também para vos dizer que não tenho tido oportunidade para visitar muito mais. Tem chovido bastante por cá e quando chove, chove mesmo. Andar de carro quando cai um dilúvio é um desafio e a verdadeira locura. Bem, e a pé muito menos. Geralmente saio de manhã e dou uma volta aqui pelas ruas vizinhas e aproveito para almoçar. Tenho tido sorte porque a chuva só desaba depois de eu já estar de volta ao hotel. Faz hoje uma semana que cheguei e por isso espero que a próxima semana traga mais vistas e impressões. :)
Hasta luego!